quinta-feira, 15 de outubro de 2009

Declarações sobre a arquitetura: própria e apropriada.

Louis Kahn durante entrevistas, conferências, disse várias coisas, como quando diz que a arquitetura não existe. O que existe, é cada obra concreta de arquitetura. E uma obra é uma oferenda ao espírito da arquitetura, um espírito que não conhece estilos, não conhece técnicas nem métodos. Ela é a incorporação do imensurável. Nem todos os edifícios são arquitetura. Uma das ajudas mais importantes no trabalho que faço provém da constatação de que qualquer edifício pertence a alguma instituição do homem. Ele crê que os arquitetos projetam depressa demais, sem se dar conta do que distingue uma coisa de outra quanto à forma. O âmbito dos espaços que caracteriza uma escola, por exemplo, não é o mesmo que de uma prefeitura. Acha que as cidades modernas precisam ter uma distinção entra a arquitetura de aqueduto e da arquitetura das atividades do homem, porque os edifícios que são construídos são realmente uma indicação do que necessita essas atividades do homem quanto ao espaço. E que essas duas arquiteturas são diferentes, uma é separada da outra, porque, de acordo com Kahn, a primeira é uma arquitetura robusta e deteriorada, mal tratada, e a outra é delicada: poderia ser sutil, e com a tecnologia de hoje, poderia ser surpreendente. E que se nós compreendêssemos essa distinção, poderia ser algo ainda mais surpreendente, porque não colocaríamos o edifício fora do contexto, mas sim na relação com essa arquitetura robusta.

Nenhum comentário:

Postar um comentário